Matemático John Nash, de 'Uma Mente Brilhante', morre em acidente de carro
O matemático americano John Nash, 86, cuja história de vida inspirou o filme vencedor do Oscar "Uma Mente Brilhante", morreu em um acidente de carro neste sábado (23).
Vencedor do Nobel de Economia em 1994, Nash e sua esposa, Alicia, 82, estavam em um táxi em New Jersey, nos Estados Unidos. O motorista perdeu o controle do veículo ao tentar fazer uma ultrapassagem e bateu em uma mureta.
De acordo com a polícia, o casal não usava cinto de segurança e foi ejetado do carro. O taxista sofreu ferimentos, mas não corre risco de morte.
Vivido por Russel Crowe em filme
O matemático sofria de esquizofrenia, revelada na biografia escrita por Sylvia Nasar e que inspirou o filme "Uma Mente Brilhante" (2001), vencedor do Oscar de Melhor Filme.
No longa, Nash foi interpretado pelo ator Russell Crowe.
O ator escreveu no Twitter: "Atordoado... Meu coração vai para John, Alicia e família. Uma parceria incrível. Mentes brilhantes, corações brilhantes..."
Stunned...my heart goes out to John & Alicia & family. An amazing partnership. Beautiful minds, beautiful hearts. https://t.co/
— Russell Crowe (@russellcrowe) May 24, 2015
Teoria dos Jogos e Equilíbrio de Nash
Nash foi pesquisador na Universidade de Princeton e autor da Teoria dos Jogos. Ramo da matemática que estuda a interação entre estratégias, a teoria foi desenvolvida inicialmente como ferramenta para descrever e prever o comportamento econômico.
Nash recebeu o Prêmio Nobel por sua análise pioneira do conceito de equilíbrio na teoria dos jogos não-cooperativos. Em sua tese de doutorado, defendida em 1950, aos 21 anos, o cientista introduziu a distinção entre jogos cooperativos --nos quais os jogadores podem fazer acordos entre si-- e jogos não-cooperativos.
No mesmo trabalho, desenvolveu o conceito de equilíbrio para jogos não-cooperativos, que hoje é conhecido como Equilíbrio de Nash.
Visita ao Brasil em 2010
Nash esteve no Brasil em 2010, quando participou de um evento da Sociedade da Teoria dos Jogos realizado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP).
Na época, o matemático afirmou que sua teoria continuava sendo um campo de estudos dinâmico e que os grandes avanços científicos verificados nas últimas décadas na área não deveriam diminuir de ritmo.
“Os cientistas mais jovens envolvidos com a Teoria dos Jogos poderiam ter opiniões mais consistentes sobre as direções para onde o campo deverá seguir. Mas tenho uma opinião filosófica sobre isso, com base na história do progresso da ciência: as pesquisas continuarão, mas não sabemos se ela ainda se chamará Teoria dos Jogos. A maior complexidade levará a novas classificações, de forma semelhante ao que ocorreu com a bioquímica em relação à química”, disse.
(Com agências de notícias)
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